sábado, 7 de dezembro de 2013

Fotos :)

Exiba photo 1.JPG na apresentação de slides   Cenário "biblioteca da mansão" ainda imcompleto

Exiba photo 2.JPG na apresentação de slides  Backstage e techies trabalhando

Exiba photo 4.JPG na apresentação de slides Cenário " Escritório do hospital" ainda incompleto

Exiba photo 3.JPG na apresentação de slides E o auditório :)

Harvey!

Aurora, 7 de dezembro de 2012

Tudo bem, que aconteceu a algum tempo, mas resolvi falar sobre a peça da escola, que acho que já mencionai aqui, mas agora vou falar sobre tudo.

Os ensaios começaram na terceira semana de Agosto. As audições, na segunda semana de agosto. E como foram as audições? Basicamente só tínhamos que decorar um monólogo e apresentar na frente de Mr. Stecklein (professor de teatro e diretor da peça), Mr. Jensen (o chefe técnico do teatro) e Ms. Willand (ela é uma das chefas da escola e participou de várias peças quando era mais jovem).

Meu monologo foi o da personagem Luiza de The Fantasticks, e era bem engraçado.  Então, no dia da apresentação fui lá, apresentei e como os professores caíram na risada, achei que tinha ido bem, né? Eles me pediram pra ler a parte da personagem Veta e Nurse Kelly da peça Harvey.

Nesse dia fiz amizade com algumas pessoas que estariam presente em minha vida escolar bastante a partir dali. Porque eu consegui um papel J. Nurse Kelly. Claro, fiquei super feliz, e tals.

Mas dá trabalho. No início era ensaios só 3 dias da semana até as 5. Em breve eram ensaios todo dia até as 5. E ai eram ensaios todos os dias, mais sábados de manhã. E por ultimo ensaio todos os dias até as 7. Muita fala pra decorar, posições, expressões faciais... Ai tem que achar uma fantasia, maquiagem, sapatos. Meu Deus! Mas no fim deu tudo certo, a peça foi fantástica. Apresentamos por três dias, um monte dos meus amigos veio assistir, e eu me diverti muito. Quando acabou eu nem sabia mais o que fazer com minha vida, sério.

E aqui gostaria de agradecer aos outros alunos/atores, eles foram incríveis. Ao meu caro diretor, Mr. Stecklein, obrigado pela paciência. Ms. Willand, obrigado pela presença. E aos meus caros techies (técnicos de teatro) que trabalham, trabalham e trabalham e não levam créditos, muitíssimo obrigada. Sem vocês teríamos estado nus, no escuro,  e sem nenhum cenário.

Luiza Santana


Posso virar uma atriz profissional por favor



Próximo post vai ser só fotos de coisas da peça, ok?
   

Halloween

Aurora, 5 de novembro, 2013


Okay kids, tenho certeza que todos nós crescemos assistindo (ou sei lá, se você for velho, assistiu pelo menos um filme) programas americanos que mencionam e/ou mostram, halloween.

Se você cresceu vendo isso, tenho certeza que já pensou em, ou até memso tentou, sair pedindo doces. O que não funciona muito no Brasil. Halloween é um ‘feriado exportado’, que não tem nenhuma raiz brasileira. Alguns de nós provavelmente crescemos ouvindo que halloween é coisa do diabo. Ou algo assim.

Eu poderia aqui, contar de onde surgiu o halloween. Mas não tô a fim. Então só vou dizer o que em geral significa nos EUA. Significa doces. Significa filmes de terror. Significa travessuras inofensivas, e algumas não tão inofensivas assim.

Infelizmente, com o mundo ficando mais perigoso, ou com as pessoas ficando mais paranóicas, alguns adultos tem medo de dar doces. Tipo minha mãe.
Outros adultos, como a mãe de Karolin, e são cristãos não praticam ‘halloween’. Mas ainda assim dão doces, e ao invés de dizer ‘feliz halloween’ dizem ‘que Deus te abençoe’, ou ‘seja abençoado no nome de Jesus’

Interessante, né?

O ‘doces e travessuras’ é mais pra crianças, mas alguns adolescentes saem. Como eu e Karolin. Eu fui pra casa dela no dia 31 e saímos juntas.
Eu fui vestida de vampiro e Karolin de chapeuzinho-vermelho.  Apesar de frio, foi muito legal, ok? As decorações nas casas estavam uma graça, as criancinhas decoradas a coisa mais fofa, e ganhamos muito, muito, muito doces! Valeu a pena quase congelar meus dedos. E quando voltamos pra casa, eu e Karolin demos doces pras crianças então foi ótimo!



Na época do halloween também surgem vária ‘casas mal-assombradas’. Eu e Karolin fomos a uma chamada Asylum. É tipo, um hospital psiquiátrico onde tudo vai tentar te assustar, as paredes não fazem sentido e tudo fica escuro de repente. Karolin detesta o escuro, e no inicio eu até tava assustada, mas como acabei ficando na frente da fila, com Karolin e um monte de crianças de 13 anos atrás de mim meio que perdeu a graça e eu parei de me assustar e até comecei a apontar de onde as criaturas iam pular. Que seja.
 
Luiza


Uma pessoa que sinceramente não consegue respeitar datas. 

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

HOMECOMING


Agosto, 31 de outubro de 2013. Apesar de que a festa aconteceu dia 12. (perdão people, mas eu tenho uma vida)

Então, oficialmente o Homecoming é o primeiro jogo de futebol americano que o time da escola tem em casa. E é acompanhado do Baile de Homecoming que é um baile de boas-vindas aos alunos. Normalmente acontece no inicio das aulas, mas minha escola resolveu esperar dois meses. Fazer o quê?
Então foi uma semana interessante. Um monte de gente desesperada pra achar um par, as meninas loucas procurando um vestido, os garotos endoidando com o quão caro esse negócio tá ficando se você considera tickets, jantar, etc.

Semana massa né? Apesar de um garoto ter me convidado, preferi ir sozinha com meus amigos (o fato do garoto só ter resolvido me convidar no dia do baile não tem nada a ver com isso claro). E me diverti bastante.

Na semana anterior Karolin, Sierra e eu fomos comprar nossos vestidos, Foi bem divertido e só de brincadeira experimentamos um monte de coisa maluca. Realmente, o estilo dos americanos é questionável, mas eu achei um vestido que gostei bastante (não sério mesmo, quem foi que disse que o vestido mais colorido possível, tipo laranja, também precisam de glitter e de ser a coisa mais rodada do mundo?).

No dia do baile mesmo, fomos um grupo de amigos jantar antes. Fomos Karolin, Clayton, Ellie, Jada e eu. Foi bem legal, depois fomos tomar frozen yogurt mesmo estando absolutamente gelado lá fora. E hey, se resolvemos dar uma caminhada e congelar nossos dedos, quem sou eu pra reclamar?



O baile mesmo foi legal. O tema era Las Vegas então nas mesas tinha jogos de carta. A parte de dançar e tals não foi tão boa quanto o Black-Out dance que teve em agosto. Mas foi legal ver todo mundo arrumado J.

Luiza Cristovam
Garota que realmente deveria escrever mais

Fotos e vídeo

Aqui vc pode ver o time de Poms, que é o time de dança da escola. Pep Rally

Pep Rally ^

Aqui vocês podem ver meninos usando saia e sendo as líderes de torcida. Melhor parte do meu dia :)

PowderPuff Game^ Meninos como líderses de torcida


E eu martelando um carro. That was fun ;)


Spirit Week!

Aurora, oficialmente 31 de Outubro, mas post escrito no dia 15. 2013.

Na semana passada foi a Spirit Week na minha escola. Essa semana precede o baile de Homecoming e em cada dia você tem que se vestir de um jeito diferente. Também acontecem várias atividades diferentes a cada dia.

Segunda: Dia do Futebol Americano
Todo mundo tinha que se vestir com alguma coisa que representasse um time. Também na segunda aconteceu o Mr. Vista, que é tipo um concurso de miss só que pros meninos. Infelizmente quem eu tava torcendo pra ganhar não ganhou.
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Terça: Dias do Gemeos! Nesse dia vc tem que se vestir igual a alguém. Eu e Karolin usamos as mesmas camisas e a mesma bota :) Na terça também estreou a nova temporada de Supernatural, então ela veio aqui pra casa e comemos pizza e assistimos o episódio juntas.

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Quarta: Dia da Camuflagem. Nesse dia não aconteceu nada de especial. Nem eu vesti nada camuflado :( pena

Quinta: Câncer de Mama, todo mundo tem que usar rosa. E durante o almoço Car Smashing. Paguei 1$ e pude bater num carro com uma marreta. Foi divertido.

Sexta: Espirito escolar. Todo mundo tem que se vestir com a cor do seu ano. O meu era azul. :) durante o almoço teve o Powder Puff game, onde meninas jogam futebol americano e meninos são as líderes de torcida. Foi bem legal!

No fim do dia teve o Peo Rally que é onde toda escola se reune e comemora os times, os clubes, e cada um dos anos. Foi legal, mas como eu tô na peça de outono tive também que me apresentar no ginásio com o resto do elenco. 

Próximo post será so fotos do pep rally e um vídeo d emim batendo no carro, ok? :)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

DIAS VÃO PASSANDO...

Aurora, 10 de setembro de 2013

WOW! Faz tempo que não faço nada por aqui, né? Perdão, sou preguiçosa...

O que aconteceu na minha vida desde o primeiro dia de aula? MUITA COISA.

Vamos em ordem cronológica, okay?

Ainda na primeira semana de aula (terceiro dia) eu fiz diversas amizades. J Karolin, minha amiga intercambista alemã, que tem duas classes comigo, e Lili – loucura pura e diversão garantida (daqui dos EUA mesmo, mas com parte da família mexicana) – que tem duas aulas comigo também. Nós três temos gostos bastante parecidos, então a amizade é muito fácil – amor por abraços é uma das características, ok?

Gabi e Mireya, amigas que fiz na aula de tortura fitness, também são ótimas. Mireya, acabou se regenerando em Meghan (nova na escola), que é uma fofa.

Além disso, o tempo foi passando e a lista vai crescendo, né? Daniel, Clayton, Jeremy, Gen, Sierra, Natalie, Katherine...

Em geral o povo tem sido muito legal comigo, os professores maravilhosos e a escola perfeita.

Na segunda semana eu tive uma audição pra peça de outono (Harvey) e eu consegui o papel da enfermeira Kelly! Meu professor de teatro e diretor da peça, Mr. Stecklein, elogiou bastante. Ele disse que eu arrasei na audição J. Problema é que se eu ficava na escola das 7:10 às 15:15 agora na maior parte do tempo eu fico até as 17:10 ensaiando... Mas vale a pena, porque é muito legal! Tô adorando.

Nem sei mais quando foi isso exatamente, mas em uma das primeiras sextas-feiras teve um DANCE. A dance não é exatamente um baile como o dos filmes, é uma festa bem informal pra dançar mesmo. Fomos eu, Karolin, Sierra, Clayton e Gabi, e pra falar a verdade foi bem divertido. Nem saí mais cedo, como normalmente faço, mas, then again, a festa acabou às 22:00.

Fui pra Colorado Springs, cidade onde minha host aunt e primas moram. A cidade é uma graça e o caminho cheio de montanhas... A uma altura dessa, já fui lá diversas vezes. A família é muito engraçada e sempre me divirto.  Minha avó veio me visitar, e ela é tão legal! Minha host vó, I mean.

Que mais? Eu tô indo bem nas aulas por aqui. Não tô tendo problema com nada e minhas notas são, em geral, “A”. Gosto dos professores; e eles gostam de mim.

Hm, comer na escola. No inicio era uma das coisas mais assustadoras, mas hoje em dia é super tranquilo... Eu morria de medo de não me sentar com ninguém, mas Gabi não deixa isso acontecer. Hoje nem precisa mais ela me puxar pra mesa, já formamos um grupo de almoço J Às vezes levo de casa, na sacola de papel marrom, um lunchable ou sanduiche de manteiga de amendoim e geleia num ziploc. Às vezes compro na escola... A comida é saudável, mas não tem muito gosto. A melhor coisa é a pizza, pra falar a verdade... Mas é tudo tipo natural... E o leite é horrível.

Na minha aula de Biologia, a gente só tem aula em um laboratório. Bem básico, né? Esse dias a gente examinou um cérebro de chimpanzé. Cada mesa tinha um. E a gente também experimentou em um peixe. Quase matei o meu de frio, mas Jeremy salvou ele com água quente, e assim viramos amigos. (sério gente o peixe tava flutuando, eu entrei em desespero)

As aulas de história são bem interativas por aqui, mas pra mim são um pouco chatas, porque muito do que se ensina (é história americana) eu já tinha visto/já sabia. E não é tão aprofundado na parte politica e econômica quanto no Brasil. Falando em história, um dia desses a gente teve que fazer um trabalho em um site. Mas não fazer em casa, não... Na sala de informática? Também não. Ms. Hite puxou foi um armário e tirou de lá um tablet pra cada aluno ou um laptop, dependendo de nossa preferência, e a gente fez o trabalho foi em aula. Fiquei surpresa.

Para terminar, comentários sobre hábitos americanos que eu notei:

-Eles não usam faca quase nunca; Comem só com garfo.
-Usam chinelo com meias; meias que não combinam.
-Dever de casa é feito em aula. Nem vou fingir que entendo esse aí.

Bom, é isso por hoje acho. Não tenho muita coisa importante pra contar. Se o mundo acabar eu aviso... Por enquanto, tá começando a esfriar. Eu juntei um casal, ajudei a encontrar um lar para um cachorrinho e vivo a vida feliz com minha mamãe here. Fomos ao zoo, a um museu e eu tenho me divertido bastante.


Luiza Cristovam

A garota que se pergunta quão trabalhoso seria morar no Colorado 4ever

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Primeiro dia de aula! Tantantan!

Okay, pessoinhas. Cá está meu primeiro dia de aula, uma semana após ter começado, claro. Esse foi meu primeiro dia, da forma mais resumida possível:

Chegar na escola, achar o armário, abrir o armário, não conseguir abrir o armário, desistir, medo de chegar atrasada, onde é a sala?, cheguei, sentei, ótimo professor, energético, solitária, aula de trigonometria, menos solitário, professora gosta de intercambistas, assunto fácil, colegas engraçados, solitária, final da aula, aula de história americana, sotaque britânico, garotos engraçados, ‘você conhece o Neymar?’, futebol, Brasil, futebol, fim da classe, fitness X, me perder, insegura insegura insegura, ouvir, ouvir , ouvir, ir pro armário, comer metade do meu sanduíche, pegar os cookies, sair pela escola comendo, pagar taxas, sala de teatro, TEATRO, jogo do ‘creepy’, o que me assusta são estátuas de anjos, Clayton reconhece a referência, Dr. Who, Sierra, Karolin, aula de biologia, Lauren e Gabby, English 11, Kathy, Karolin and Lillie, fim da aula, voltar pra casa andando, esqueci minha chave, tô trancada pra fora, hmum me diz como entrar com a senha, não funciona, não funciona. Ufa consigo entrar. Não consigo achar a chave, oh, achei a chave, entro em casa. 

Fim

Em breve escreverei mais sobre o dia-a-dia na escola, o caminho até minha casa, as amizades que fiz, a peça da escola, a festa sexta feira, e o que mais eu tiver! Se sintam a vontade pra mandar mensagens me perturbando pra eu escrever mais, porque sinceramente eu sou mestra em procrastinar.

Luiza Cristovam

Rainha da procrastinação e aluna oficial americana



domingo, 4 de agosto de 2013

A Saga do Purê de Batata, as Montanhas e os Desastres da Nossa Sociedade

Por motivos técnicos não pude postar isso ontem, me desculpem por qualquer confusão.

Aurora, 3 de agosto de 2013

Mencionei que comprei purê de batata instantâneo? O negócio sobre os EUA é que eles têm tudo no formato instantâneo, enlatado ou congelado. E eles têm purê de batata em pó. E eu, é claro, decidida a experimentar tudo que posso da fina culinária americana, resolvi experimenta-lo. Fiz a receita ontem.
Como tudo que eu fiz de micro-ondas deu errado até agora resolvi fazer a versão forno. Yay. Abro o saquinho, ponho o pó na panela com água fervente, misturo e deixo por cinco minutos. Ta da. Purê de batatas.

Agora, não vou dizes que ele é ruim. Ele tem textura de purê de batata dos bons pra falar a verdade, não os aguados. Vamos dizer que ele é algo quase, mas não exatamente, completamente diferente de purê de batatas (alguém por favor entenda essa referência eu imploro).

O gosto dele não é de puré. Mas também não é um gosto ruim. Claro, o meu não tinha gosto o suficiente, então, como boa americana, taquei queijo cheddar e bacon. E esse foi meu almoço. E ele não foi ruim.
Mas a que ponto chegamos que nem mais podemos cozinhar batatas? Que temos que usar um pó mágico, artificial e criado em laboratórios, para comer batatas?  Americanos são estranhos, e eu, claro, os adoro.

Saindo do assunto batatas, hoje minha mãe me levou pra conhecer a família. Bem, quando eu digo a família eu quero dizer parte dela claro. A família dela é enorme. Hoje conheci minha tia e duas primas.

No caminho pegamos trânsito, mas dessa vez nem me importei muito. Por quê? Montanhas. O Colorado tem montanhas incríveis. Eu adorei passar e ver as montanhas da forma que as vi. Acho que é uma das coisas mais lindas por aqui. Talvez eu escale uma um dia. Definitivamente vão me levar pra uma das partes turísticas das montanhas, isso eu sei.


Minha mãe também me levou pra comprar tênis esportivos que eu precisava pra aula de ginástica, e minha tia me fez a super gentileza mesmo, de me levar em uma loja pra comprar jeans antes que as aulas começassem e eu só tivesse dois pares.  Mas compras são chatas então passamos pra outra (pera um pouco antes: COMPREI UMA CAMISA DE HOGWARTS! Tá pode continuar agora)

Minha tia é bem legal! Almoçamos hoje no shopping onde minha prima mais velha, Catherine, tá trabalhando. Comi comida chinesa, que é claro, é completamente diferente da comida chinesa brasileira. Mas é gostosa. Com Catherine indo trabalhar, passei a tarde com Danielle, minha outra prima, de 15 anos. Ela foi bem legal e fomos assistir a um filme. O ingresso custou 1,75 U$. Compramos um monte de doces que ela me indicou como os ‘’tipicamente americanos de se comer no cinema’’ e foi uma experiência legal. Gostei particularmente do algodão doce de saquinho deles.

O filme que assistimos foi um filme supostamente infantil. Chama-se The Croods (Os Croods). Conta à história de uma família de pessoas-das-cavernas. O filme me fez rir um monte, tipo, chorar de rir mesmo. Mas ele também me fez quase chorar de tristeza.

O pai da família Crood, Grug, se sente responsável pela segurança da família. Tipo, muito responsável. Eles vivem em cavernas e nunca saem delas, porque assim é ‘mais’ seguro. Grug todo tempo sacrifica viver em favor de sobreviver. E eu não gostei disso nem um pouco. Aqueles que abrem mão da liberdade por um pouco de segurança não merece nem um nem outro, e tudo mais. (A frase é de Bem Franklin tá?) Esse é o tema óbvio do filme. Mas eu também vi outro.

Voltando a Gruhu então. Ele sacrifica a liberdade da família por segurança e isso os mantem vivos por mais tempo que todas as outras famílias-das-cavernas. Tá bom, ele não tinha o direito de fazer essa escolha por todos, mas se tem que admitir que pelo menos o cara manteve a família viva. Mas ai vem um problema. A família é jogada fora da sua zona de conforto no filme, e Grug ainda se sentindo responsável pela segurança de todos, comete erro após erro após erro. Eu queria botar ele no colo. Afinal, quem foi que disse que era essa sua obrigação? Que sociedade triste é essa que obriga uma pessoa somente, a ser responsável pela segurança de todas as outras mesmo que elas nem a queiram?  Na família de 6, 4 podem se cuidar sozinhos, muito obrigada.

Colocando essa discussão de lado, entretanto, os erros que Grug comete durante o filme me fizeram sofrer. No final, o cara só tava tentando fazer o seu melhor. Ele só não consegue se adaptar a situação e, é bem verdade que dei muitas risadas da cara dele, mas ele só quer manter todos a salvo. E no fim, é ele que quase me fez chorar, e garanto esse filme não é pra crianças, gente emocional, ou sei lá, eu. Porque as cenas finais com o Grug são tristes. E pai, eu amo você. Pra caramba.

Agora aos anúncios finais:

Feliz aniversário Lucas! Hoje é o aniversário de meu irmãozinho. Queria estar ai pra te abraçar, mas não posso. Mas eu amo você.

Hoje também foi o dia da Esther em uma comunidade que eu participo chamada Nerdfighteria. É o dia pra dizer a família e amigos ‘eu te amo’. Então aqui está pra toda minha família e amigos que estão lendo, amo vocês.

E o novo Doctor será anunciado amanhã. Se alguém me procurar e não me achar, eu provavelmente vou estar em posição fetal no chão por causa de emotions, ou morta porque o choque e as emoções foram muito grandes.

Luiza Cristovam


Há uma altura dessas vocês já sabem que sou insana né?

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

OFICIALMENTE UMA ALUNA DE HIGH SCHOOL

Aurora, 01 de agosto de 2013

Como prometido, cá estou eu pra contar-lhes sobre minha escola. O conto, claro começará com minha matrícula, que, obviamente, aconteceu na... Central de Escolas Públicas de Aurora.
Exatamente. Então lá fomos eu e minha mãe pra Central (que é bastante longe de casa por sinal). Ao chegar a gente entra em uma sala com um monte de gente também se matriculando.  Curiosamente a maioria era latina e se ouvia mais espanhol do que inglês. Whatever, a gente pegou o formulário preencheu tudo bonitinho, esperou na fila ai quando fomos atendidas é claro que por ser aluna de intercâmbio tem de se assinar outro formulário. Preenchemos este, pegamos outra fila, tiramos cópias do meu passaporte e fomos guiadas para outra sala de espera. Depois de um tempão fomos atendidas e ai foi bem rápido, a mulher olhou alguns documentos, assinou algumas coisas, nos fez assinar outro formulário (esse perguntava tipo, minha ‘raça’. Detalhe, não tinha opção de pardo então marquei a caixinha de Black e a de White.) e ai me deu meu papel que me confirmava como aluna do ensino público de Aurora. Tada!

Depois disso finalmente fomos para a escola! Que é enorme. Tipo, muito grande.

Minha escola é a Vista PEAK Preparatory, e ela é muito nova. Só começou a ter High School de 4 anos pra cá, e só começou a aceitar 11th e 12th grade de dois anos pra cá. Detalhe, 11th e 12th grade são iguais ao 2º e 3º ano do Brasil. Então, minha escola é bem legal por dentro, cheia de janelas e bem iluminada.
Quando chegamos fomos falar com Ms. Dainko, que é a pessoa que cuida dos horários e das aulas. Também conheci minha conselheira, que é tão nova que parece uma aluna! Ela duas me ajudaram a escolher minhas aulas. A maioria dos juniors, que são o pessoal da 11th grade tem 6 aulas com um horário livre. Mas esse horário livre pode ser substituído por uma aula, e isso que decide fazer. Ao contrário de tê-lo resolvi pegar piano, que eu sempre quis aprender, mas nunca tive a oportunidade. Eu tenho duas classes obrigatórias por causa do programa: Inglês e História americana. Meu inglês é English 2, ele é uma mistura de literatura, redação e gramática pelo que eu entendi. Peguei US History, claro, e também peguei Biologia que é minha ciência favorita. Além disso, eu precisava de uma matemática e eu resolvi pegar Trigonometria e Matemática Analítica pra não perder o assunto que tá dando no Brasil, mas eu posso mudar se estiver muito complicado e pegar Álgebra e Geometria 2. Eu também tenho Teatro, e Fitness – que é uma classe de Ed. Física especial só para meninas, e com exercícios diferentes de tipo, futebol e basquete.

Mr. Dainko é inglesa e no meio da conversa ela parou pra me perguntar s emeu professor de inglês era da Inglaterra. J Quem me conhece e já me ouviu falar inglês sabe como é meu sotaque. De qualquer forma, só uma menção do meu teach Luciano Gomez. Mesmo nem estando presente, as pessoas ainda pensam que ele é inglês. E uma menção a minha professora Fabi, que foi a primeira a me fazer falar em inglês.

Depois de escolher minhas aulas eu minha mãe saímos pra perguntar sobre livros escolares e fomos falar com Ms. McCallen que é quem cuida desse tipo de coisa. Ela nos informou que os livros são entregues no primeiro dia de aula e também olhando meus horários disse que eu só tinha pegado ótimos professores! Eu conheci minha professora de história, e ela é realmente muito simpática. Na verdade todas foram muito simpáticas comigo, não tenho do que reclamar.

Finalmente, demos uma volta pela escola pra eu me familiarizar com os caminhos. Achamos todas as salas de aula e meu armário, que é um dos de cima! Yay. Mas meu colégio é bem organizado, tipo, nos corredores. Ele tem três alas: Princeton, Harvard e Yale. Yale fica no andar de cima e é onde tem as salas de matemática e algumas ciências. Princeton fica no andar de baixo e tem as salas de inglês e literatura. Já Harvard tem as salas de estudos sociais, incluindo a minha de história e fica do lado de Princeton. Meu armário, por acaso é em Princeton, ele é o P371. Já minhas aulas ‘divertidas’, teatro, piano e fitness, ficam do outro lado da escola, onde têm os ginásios, o auditória, as salas de música e de artes. Eu achei bem legal, mas tenho certeza que vou me perder e ainda não consegui abrir meu armário.

De qualquer forma, minha escola parece legal. As aulas começam 6 de agosto e dia 16 tem uma Dance, tipo um baile né, de boas-vindas ao colégio. Eu não acho que eles tenham o Homecoming mesmo, nem a semana, nem a festa. Pena. Mas whatever, pelo menos eles tem um baile (vou ou não vou? Hm). E eles também têm uma peça que eu vou tenta participar, ela é antes de dezembro então ainda estou por aqui. As audições são dia 16 também, acho.

Depois de tudo isso ainda fomos nos encontrar com minha coordenadora, Kathy Biggins, que é um amor! Eu adorei ela. A gente conversou bastante e ela é muito legal. Ela me deu uma toalha muito fofa com meu nome bordado, e me deu um pedaço de cheesecake pra levar pra casa, que acabei comendo como café-da-manhã na terça. 

Quando acabamos o jantar, fomos pro Wal-Mart comprar material escolar. Comprei cadernos de uma matéria pra cada aula. Dois fichário e papel monobloco. Eu meio que segui a lista que o colégio me deu de materiais. Também comprei lápis-de-cor e uns papeis estranhos de tomar notas. Além de material de estojo básico né?

E fim. Essa foi minha segunda feira.

O resto dos meus dias tem sido entediante, pra falar a verdade, com minha mãe trabalhando todo dia, passo os dias assistindo televisão ou mexendo no computador ou brincando com Smokie. Já levei ele pra passear e tudo mais. Outra coisa que eu passo tempo fazendo é inventando o que comer. Eu ainda não me sinto confortável o suficiente pra fazer biscoitos ou comida de verdade por aqui, então eu sempre acabo fazendo salada ou comida de micro-ondas ou os dois. Já experimentei Mac and Cheese, manteiga de amendoim com geleia, lunchables (nem pergunte), pizza de pepperoni, e etc. De noite mum chega em casa, prepara o jantar, ai a gente janta juntas, eu lavo a louça e passamos a noite juntas, até dar tipo 10 horas porque ai eu fico com muito sono e vou dormir.

Luiza Cristovam

A garota sem nada pra fazer no momento

quarta-feira, 31 de julho de 2013

I'M THE KID IN THE USA

Aurora, 31 de julho de 2013

Depois de mais de 8 meses de espera, finalmente, ESTADOS UNIDOS! No dia 27 de julho entrei em um avião em Salvador, me despedi de minha família e amigos e da vida como eu a conhecia pra fazer a maior insanidade que já fiz: mudar-me para os Estados Unidos. E, tá bom, é só por 5 meses mais, que seja, muita gente quer, mas não tem coragem de fazer isso okay? Então eu me sinto orgulhosa de mim mesma no
 momento, mesmo que na maior parte do tempo eu esteja pensando ‘o que raios eu estou fazendo com minha vida?’.

Antes de vir eu tive uma festa de despedida surpresa que REALMENTE me surpreendeu okay? E minhas amigas me levaram no aeroporto, e caramba eu nunca senti tanta vontade de chorar na minha vida. Meu irmão me abraçando, minha mãe, meu pai... Eu sinto saudade de todo mundo pra caramba. E eu ainda meio que me sinto culpada por abandonar eles.

Mas, depressão de lado, voltamos ao avião. Dormi de Salvador pra São Paulo, e lá meus tios e primos ficaram comigo até eu poder embarcar para Dallas. O check-in da America Airlines foi estranho, só podia ser feito no self-check in e depois só se despachava a mala. Mas foi de boa... O voo foi longo e o entretenimento não é tão legal quanto os voos internacionais da TAM, porém um senhor sentou do meu lado e conversou comigo por boa aprte da viagem. Não se preocupe papai não sai dando informações pessoais ou qualquer coisa que pudesse me colocar em risco. O senhor era colombiano, mas erradicado nos Estados Unidos. Ele mora em Dallas. Ele fala inglês, espanhol e português, mas conversamos mais em inglês do que tudo. Ele me deu uma ajuda quando chegamos aos Estados Unidos porque eu estava dormindo e não peguei o formulário da alfândega pra assinar.

Okay, agora imigração. Tinha um grupo de brasileiros em algum tipo de turismo e a fila estava enorme. Enorme tipo, eu vou perder minha conexão se um milagre não acontecer.  Ainda bem passou uma mulher chamando as pessoas que tinham conexão antes das 9, e ela me mandou pra outra fila, a de US Citizens, que eles estavam fazendo imigração por lá também. Chegando na cabine o cara só me pediu meu passaporte, perguntou o motivo da visita, me mandou colocar os dedos na maquininha e tirar a foto e tada! Ele não pediu mais nada, não perguntou quanto dinheiro eu tinha... Fiquei até confusa. Depois disso sai no enorme gigantesco aeroporto de Dallas pra tentar descobrir como chegar no meu portão no terminal C. Eu pedi ajuda a um monte de gente, mas eu parecia tão perdida que alguém que trabalha no aeroporto parou pra vir me perguntar se eu precisava de alguma coisa e me guiou bem direitinho pra eu pegar o trem que levava a meu terminal. Depois disso foi de boa, achei o terminal, acessei a internet free de aeroporto que é na verdade muito boa, liguei pra meus pais no Brasil (eles não atenderam de primeira!) e ai liguei pra minha mãe nos EUA. Resolvi comprar um smoothie porque não tinha tomado café e é claro que o pequeno na verdade é de um tamanho monstruoso, né? Whatever.

Dai eu entrei no avião pra Denver e minha mãe estava me esperando no aeroporto com um cartaz J. Ela me ajudou a encontrar minha mala e de lá fomos pra igreja dela, porque era aniversário da igreja e ela fazia parte do comitê então tinha que dar uma passada rápida por lá. Na verdade foi bem interessante, eu até experimentei ponche! E não foi na igreja, foi tipo em um ginásio, onde ia ser a comemoração.  Logo ela me trouxe pra casa que por acaso, é gigante. Só tem um andar mais o porão, mas é gigante. Principalmente pensando que minha mãe mora sozinha.

A casa é muito agradável, eu tenho meu próprio quarto e um banheiro só pra mim. A cozinha também é grande e bem organizada. E tem um bom espaço aberto atrás. A vizinhança também é fofa e segura. Eu não vi muita gente ainda, mas não aprece ruim. O único contra é que é um subúrbio americano, ou seja, casas, casa, e mais casas, e uma dificuldade tremenda pra achar transporte público pra fora daqui. Ah, e minha mãe tem um cachorrinho chamado Smokie que é adorável, bem comportado e adora carinho. Já sai pra passear com ele algumas vezes. 

No domingo minha mãe também me levou pro Wal-Mart, pra comprar comida pra mim sabendo do que eu gosto, porque ela disse que não sabia o que comprar antes. Eu comprei algumas coisas pra fazer saladas (espinafre, alface, mangas) mesmo que elas não sejam exatamente iguais as que eu estou acostumada. Comprei também  café em pó colombiano med-dark que é relativamente similar ao brasileiro, e pelo menos não é aguado igual o café daqui, mais leite Ninho, que aqui é chamado Nido, um negócio chamado lunchable porque parecia fofo e prático, mac and cheese instantâneo, purê de batata em pó, ravióli pronto enlatado e pizza. É que minha mãe trabalha então eu tenho que me virar fazer meu almoço. Depois disso voltamos pra casa e eu dormi. Ai acordei e ai voltei a dormi e assim se seguiu pelo resto da noite. O que vocês esperavam? Nova cama, novo quarto, novo tudo, tenham dó, né?

Na segunda de manhã tomei café, o que me fez sentir uma terrível saudade de casa, arrumei minhas coisas no closet e nas gavetas, e fomos me registrar na escola. A experiência da escola e o resto da minha segunda feira vão em outro post porque esse já tá gigantesco.

Hoje é meu quarto dia aqui e as coisas vão bem. A minha família, se vocês estão lendo isso, eu amo vocês e sinto saudades, mas obrigada por me deixarem vir! Aos meus amigos: amo vocês um monte, e, por favor, não pensei que abandonei vocês. Entrar em contato comigo é relativamente fácil.

A qualquer futuro intercambista que estiver lendo isso: UHUL! Tudo de bom na sua viagem! Eu desejo o mundo a vocês, seus loucos! Vale a pena.

Luiza Cristovam

A garota pirada que está assustando a hmom dela com tanta empolgação

domingo, 28 de julho de 2013

WOW WOW WOW

Cheguei em Aurora. A ficha ainda não caiu, cara, eu tô no Estado Unidos! Uau. Escreverei mais sobre isso mais tarde, tô meio perdida agora.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

DESPEDIDAS

Salvador, 26 de julho de 2013

Hoje é o último dia inteiro que passei em minha terra. Tantas coisas aconteceram essa semana, vocês nem imaginam.  Se despedir é difícil – eu me sinto uma abandonadora. E eu já fiz isso antes.  Quando voltei a Salvador e meus amigos ficaram, uau, foi difícil, mas sabe o quê? Eu vi todos de novo. E pelo menos dessa vez eu tenho data de volta.

Então, como foi minha semana? Recheada de abraços, desejos de boa-viagem, Deus-te-abençoes e etc. Também com muita comida brasileira que com certeza eu vou sentir muita falta, com minha mãe fazendo um monte de guloseimas, com últimos-dias-de-aulas e uau, ME FIZERAM UMA FESTA SURPRESA! E foi realmente surpresa, porque Deus sabe, eu não fazia ideia.

Mas volto a ela mais tarde, agora com vocês senhoras e senhores, um reconto da minha semana:

Quinta-feira passada recebi minha família. Choque. Viajo dia 27.

Sexta-feira último dia inteiro de aula e contar pra todo mundo a data da viagem na escola. Gente, eu vou sentir a falta de vocês.

Sábado passei o dia com minhas amigas Tamires, Catarina e Ana Flávia. Meio que um dia de despedida eu suponho.

Domingo foi dia de contar pra turma da igreja a data da viagem... também envolveu muitos abraços e despedidas. Passei à tarde na casa de minha amiga Rebeca, com Nanda e Luma. Fomos há um concerto depois.  De noite achei que tinha me despedido pela última vez de um monte de gente, como Leo, Ainá e João Mateus.

Segunda-feira tive uma reunião pré-embarque e depois ia dar uma passada na escola pra fazer uma apresentação em dupla (viu Alice?), mas ela foi cancelada. Claro que foi ai que Cati recebeu a família dela então eu acabei indo pra escola mesmo assim.

Terça-feira tive uma reunião com Débora, minha tutora na escola, sobre as matérias e readaptação no intercâmbio. Quando acabou assisti a uma aula de Biologia, e me despedi de todo mundo na escola. Apesar de que alguns me prometeram me levar no aeroporto J . Passei o resto do dia com Rebeca. Yay. Nem vi o tempo passar.

Quarta-feira eu acredito não ter feito absolutamente nada.  Mas falei com minha hmum no Skype.
   
Quinta-feira... Resolvemos mais algumas coisas da viagem.

Sexta-feira, bom, era pra eu, minha mãe, meu pai, e meu irmão Lucas irmos comer em um restaurante como despedida, mas quando abro a porta da garagem BAM! Eu nunca tomei um susto tão grande na minha vida! Resolveram me fazer uma festa surpresa! Tipo, o que? Eu amo vocês. Presentes estavam, Rebeca, João Mateus, Leo, Ainá, Marina, minhas vizinhas de longa data Catarina e Paula, Arthur, Felipe Turco, Fernanda e Rodolfinho (plus parents). Todos vocês são uns doces e eu amo todos e vou sentir muita saudade okay? Me surpreenderam de verdade. Uma menção especial pra João Mateus que organizou a coisa toda. Uau, vocês são incríveis.  Adiciono fotos mais tarde.

Bem, é isso. Amanhã: VIAGEM. Deixem me ir terminar as malas e consolar meu irmão.


Luiza Cristovam

Meus queridos a uma altura dessa eu conto os segundos



FAMÍLIA E O FIM DE TODAS AS MINHAS ANSIEDADES – COMO SE ISSO FOSSE POSSÍVEL.

Salvador, 25 de julho de 2013

Eu deveria ter escrito mais cedo. Em geral, eu deveria escrever mais. Há uma altura dessas eu deveria ter pelo menos mais de 5 textos escritos, mas whatever. Preguiça mais ocupação geral não me permitiram escrever.

Pessoinhas queridas eu tenho uma família!!! Recebi quinta-feira passada J e já viajo sábado agora dia 27. É bem cedo, mais cedo do que a maioria dos outros intercambistas, mas minha escola lá precisa da minha presença pra fazer minha grade escolar e se dependesse deles eu já tava lá há uns dias, viu? Mas ficou muito em cima da hora, então, SÁBADO!

É em 2 dias eu viajo. Ai você pergunta, mala arrumada Luiza? E eu claro respondo… fugindo e me escondendo em algum lugar. Oh, hun, você não tem ideia.

Eu faço um post depois sobre malas pra quem tem interesse por isso (weirdos). Mas agora vou falar sobre minha família.

E por família eu quero dizer mum, é claro. Minha família consiste de uma mãe e um cachorrinho chamado Smokie. Yep. Sabe o que mais? Minha mãe é incrível.

O nome dela é Catherine Wright, e ela é de uma cidade chamada Aurora no Colorado (mais sobre a cidade depois). Assim que recebi oficialmente a família entrei em contato com ela, e dica para intecambistas: todos vocês devem fazer isso, okay?

 No email que mandei pra ela eu falei que estava nervosa de mandar o email, perguntei se já podia a chamar de mãe e perguntei coisas sobre ela. Ela respondeu o email no mesmo dia e nós estamos trocando email até hoje.  Ela é muito legal e engraçada e eu já adoro ela. Já falamos também no Skype umas duas vezes.

Ela me falou de coisas que vamos fazer quando eu chegar lá e perguntou sobre o que eu gostava de comer preu não passar fome lá. Ela também me passou várias informações sobre minha escola, Vista PEAK, porque eu não conseguia achar nada no website deles.  Ela também me falou do resto da família dela que eu vou conhecer e da estudante de intercâmbio que ela ‘adotou’ há dois anos – as duas ainda são bem próximas, e eu falei com a estudante que já me deu muitas dicas e disse que vai ser tipo minha ‘irmã mais velha’ já que agora temos a mesma mãe.

Minha mãe é perfeita, mal posso esperar pra falar cara a cara com ela.

Outra pessoa que entrou em contato comigo foi minha coordenadora, Kathy Higgs, que também é muito legal e solicita e me deu várias informações. Ela também me adicionou no grupo do Face dos estudantes de intercâmbio que ela coordena esse ano, e já prometeu um encontro com todo mundo em um parque de diversões! Eu tô bastante empolgada.

Que mais… Hm. Minha cidade se chama Aurora, tem 300,000+ habitantes e ficou conhecida por ser a cidade em que houve um tiroteio no cinema no ano passado. A do Batman. É, essa mesmo. Ela parece bem legal pelo que eu vi no google maps, a região d aminha escola e casa também parece bem boa. Aurora fica do lado de Denver que é a capital do Colorado, e tem de tudo por lá. Eu gostei bastante.

Minha escola também parece ótima, e ela é pequena com uns 600 alunos, mas eu dou mais informações quando eu chegar lá e ver com meus próprios olhos.

Acabadas as informações que devo dar sobre minha nova futura vida, e passada toda ansiedade depois da luta que foi pra receber a família, vamos falar de aeroportos.  Eu vou ter que pegar uma conexão entre Dallas e Denver. E de Salvador pra Dallas tenho que parar em São Paulo. Argh, ninguém me preparou psicologicamente pra isso… Ai segunda de manhã tive uma reunião com Flávio (nosso coordenador (?) no Brasil) pra ele basicamente ensinar esse tipo de coisa.

Poxa, 2 dias. 2 dias 2 dias 2 dias 2 dias. Eu quero ir. Eu não quero ir. Eu quero muito ir. Eu tô morrendo de medo. Mas, whatever, allons-y.

Luiza Cristovam

Contando os dias…

ANSIEDADE; OU FALTAM ALGUNS DIAS PRA EU VIAJAR, EU SÓ NÃO FAÇO IDEIA DE QUANTOS OU DE PRA ONDE REALMENTE EU VOU.

Salvador, 17 de julho de 2013

Eu realmente adoraria escrever um ótimo texto aqui – um texto enorme sobre expectativas, preparativos, família, suporte e a ansiedade pré-embarque. Só que eu não tenho capacidade de fazer isso, porque ansiedade é uma grande porcaria, ok? A gente normalmente usa ansiedade pra falar do sentimento de estar à espera de alguma coisa acontecer e tals, mas deixa eu falar sendo uma pessoa que vem sofrendo cada vez mais frequentes ataques de ansiedade: eles são uma merda. Você se sente sufocado, com o peito doendo, coração palpitante, visão embaçada, enjoo, tontura e um sentimento de vazio absoluto na cabeça. E é claro, o pior sintoma de todos: insônia. Eu realmente estaria escrevendo um exto melhor se não estivesse sem dormir a três dias. E não o tipo, “ah não consigo dormir de noite” e sim o tipo “a porcaria do meu cérebro tá implorando que eu durma só alguns segundos, mas toda vez que eu tento eu não consigo nem uma mísera soneca porque meu cérebro tá superativo”
Agora, imagina minha situação, okay? As aulas recomeçaram, já tem várias provas rolando, um monte de dever de casa e de leituras que tem que ser feitas, e além da minha dificuldade normal de concentração, eu tenho o intercâmbio na minha cabeça e pra piorar não consigo dormir. Eu realmente não venho me sentindo bem, tá? Não me julguem.

Deixa eu ver o que pode ser informativo… Ah. Há umas duas semanas eu recebi um email dizendo que havia uma família interessada em me receber, mas como na verdade essa família consiste de uma pessoa apenas meus pais tinham que mandar um formulário assinado e tals, e ai já fazem duas semanas que eles mandaram e nada deu receber a oficialização, então eu também estou pirando por causa disso. Suponho que quando eu tiver mais notícias sobre isso eu colocarei aqui, sei lá.

No momento outra coisa que tá pesando muito é saudade de véspera. Ainda nem parti e já tô com saudade, além de me sentir culpada como uma abandonadora sem coração deixando minha pátria, amigos e família pra trás. Cara, quando você pensa em intercâmbio essa provavelmente não deve ser a primeira ideia que aparece em sua cabeça.  De qualquer forma,  acho que o povo que fica por aqui também já vem lidando com a saudades – minha melhor amiga Tami que o diga. Nunca fomos tão grudentas. Minha mãe também tá sofrendo com isso já que eu praticamente virei um monstro abraçador e procurando atenção 24/7. É, é assim que se lida com seus problemas.

Mas alguma coisa em pauta? Já nem sei mais, eu realmente preciso dormir, acho que tô tendo alucinações.

Luiza Cristovam

Garota que tá vendo elefante rosa voador no momento

WOW, HELLO. COMO VAI VOCÊ? CARA, EU VOU FAZER INTERCÂMBIO.

Salvador, 13 de julho de 2013

Á quem estiver lendo,

Há mais ou menos 9 meses eu fiz uma decisão: iria sim fazer intercâmbio, muito obrigada. Muitas coisas me levaram aquele momento, claro. Desde criança eu sempre tive vontade de fazer; desde meus 12 anos venho treinando inglês pra caramba, até que hoje posso ser considerada fluente; adorei minha viagem como turista sem minha família aos EUA; todos esses filmes de high school são parte grande de minha infância e adolescência; e uma de minhas melhores amigas tava indo.

Essa última parte é uma explicação, e um agradecimento. Minha amiga Catarina, Cati, apesar de muito diferente de mim em várias coisas compartilhava comigo o amor de viajar… E como ela participou do CISV ela já tinha tido a chance de ser intercambista e tinha amado, então ela planejava repetir a dose, só que dessa vez em uma high school americana. Para ser bem sincera naquela época (setembro a novembro de 2012) eu queria MUITO ir também. Mas eu estava morrendo de medo. Eu achava que meus pais não concordariam, tinha medo que fosse muito caro, tinha medo de que eu não poderia, tinha medo de que eu não sobreviveria. Então às vezes eu até falava sobre isso, mas nunca era certo… Chegou um ponto que eu desisti absolutamente e resolvi fazer só na faculdade.

Cati ajudou bastante sem nem saber. Ela falava sobre o intercâmbio dela e eu percebia que era isso que eu queria pra mim! Ela falava sobre os blogs de intercâmbio que ela estava vendo e eu ia atrás e CARAMBA eu precisava participar daquilo. Em outubro meu pai terminou o doutorado que ele fazia a 4 anos e finalmente meus pais tinham espaço na cabeça para pensarmos nisso. E no fim concordamos: eu iria. Mas por onde? Alguns amigos de meu pai sugeriram a BEX, que foi por onde eu acabei indo, mas é claro que também pesquisei a AFS, que é a empresa de Cati. No fim meu pai se decidiu pela BEX por que a matriz é local.
Próximas decisões: que país? Quanto tempo?

Meu Deus eu AMO a Inglaterra… Tipo, muito mesmo. E nem é só as parte bonitas como alguns anglófilos okay? Poxa eu sempre amei aquela terra – sempre foi meu assunto preferido em história geral. E minha primeira professora de inglês que me fez falar mesmo tinha um amor pelo sotaque britânico, e meu segundo professor, o Teach, meu professor atual, tem o sotaque britânico pesado. E cara, eu amo o sotaque britânico… o meu era meio misturado pra caramba e meu inglês não tão bom quanto hoje, ai nas férias de meio do ano, um ano atrás eu fiz um intensivão… assisti as seis temporadas de Doctor Who da época sem legenda até entender tudo. Resultado? Inglês melhorado e com sotaque inglês ( a bit posh) e delicioso. Eu amo meu sotaque.

E é claro então que eu decidi ir para… Os Estados Unidos. J Várias razões. Uma delas, intercâmbio lá pra high school parece tão mais normal, sabe? E poxa todos esses filmes que eu assisti eram lá, tá? De High School Musical a Ferris Bueller’s Day Off. Eram todos lá e isso fica na cabeça né? Além do mais meu conhecimento sobre como seria uma high school britânica me apavorava. Outra coisa era o fato de que meu pai escolheu um semestre , e um semestre somente. Nos EUA isso significava 5 meses, na Inglaterra menos de 4, e me desculpa, mas eu quero passar o máximo de tempo possível, ok?

Canadá nunca foi muito uma opção… Muitos brasileiros estão indo pra lá. Quero o menor número de brasileiros possíveis pra não cair em tentação.

Bem, a escolha foi feita em… Novembro, eu acho. Eu iria para os Estados Unidos no sistema public school, que basicamente significa que você pode cair em qualquer lugar do Alaska ao Hawaii. Eu gostei desse programa por causa da aleatoriedade e da riqueza cultural que ele poderia trazer. Eu poderia cair em uma família de muçulmanos, o que eu acho que é o mais diferente de um brasileiro comum ever,okay? Mas eu gostei da ideia de poder cair em qualquer lugar. E de ser escolhida por uma família dessa forma (claro que eu gostei disso naquela hora, hoje em dia…)

 De lá pra cá aconteceram MUITAS tragédias nos Estados Unidos okay? Do tiroteio da escola emConnecticut ao atentado de Boston, muita coisa aconteceu nesses nove meses. E o medo vai ficando. E o medo vai crescendo. E caramba por que mesmo que eu escolhi os EUA? Respira fundo uma, duas, três vezes. Se acalma. Meu Deus, se acalma Luiza. Relaxa.
Formulário depois de formulário, application depois de application, médico médico médico, e ta da. Agora é só esperar. O que exatamente? Não sei, mas  o tempo vai passando. E vai passando e vai passando.

As aulas de 2012 terminam, passa natal, passa ano novo, começa 2013, começam as aulas. E eu nem tava pirando ainda naquela época okay? Eu comecei a pirar de maio pra cá eu acho. Cara eu quero muito uma família. Eu quero ser escolhida logo… tá chegando perto, as viagens são em agosto normalmente e que quero viajar o mais rápido possível para aproveitar o máximo de tempo!

Tenho que admitir, eu estou apavorada. Muito medo mesmo. Mas eu já tenho visto, passaporte, e tudo que eu preciso; tenho até uma possível família! Agora, 9 meses depois de fazer uma escolha insana, as coisas parecem estar de ajeitando. Finalmente.

Luiza Cristovam
                                                                                            
Se acostumem com esse nome, eu ainda vou relatar muita insanidade por aqui