domingo, 4 de agosto de 2013

A Saga do Purê de Batata, as Montanhas e os Desastres da Nossa Sociedade

Por motivos técnicos não pude postar isso ontem, me desculpem por qualquer confusão.

Aurora, 3 de agosto de 2013

Mencionei que comprei purê de batata instantâneo? O negócio sobre os EUA é que eles têm tudo no formato instantâneo, enlatado ou congelado. E eles têm purê de batata em pó. E eu, é claro, decidida a experimentar tudo que posso da fina culinária americana, resolvi experimenta-lo. Fiz a receita ontem.
Como tudo que eu fiz de micro-ondas deu errado até agora resolvi fazer a versão forno. Yay. Abro o saquinho, ponho o pó na panela com água fervente, misturo e deixo por cinco minutos. Ta da. Purê de batatas.

Agora, não vou dizes que ele é ruim. Ele tem textura de purê de batata dos bons pra falar a verdade, não os aguados. Vamos dizer que ele é algo quase, mas não exatamente, completamente diferente de purê de batatas (alguém por favor entenda essa referência eu imploro).

O gosto dele não é de puré. Mas também não é um gosto ruim. Claro, o meu não tinha gosto o suficiente, então, como boa americana, taquei queijo cheddar e bacon. E esse foi meu almoço. E ele não foi ruim.
Mas a que ponto chegamos que nem mais podemos cozinhar batatas? Que temos que usar um pó mágico, artificial e criado em laboratórios, para comer batatas?  Americanos são estranhos, e eu, claro, os adoro.

Saindo do assunto batatas, hoje minha mãe me levou pra conhecer a família. Bem, quando eu digo a família eu quero dizer parte dela claro. A família dela é enorme. Hoje conheci minha tia e duas primas.

No caminho pegamos trânsito, mas dessa vez nem me importei muito. Por quê? Montanhas. O Colorado tem montanhas incríveis. Eu adorei passar e ver as montanhas da forma que as vi. Acho que é uma das coisas mais lindas por aqui. Talvez eu escale uma um dia. Definitivamente vão me levar pra uma das partes turísticas das montanhas, isso eu sei.


Minha mãe também me levou pra comprar tênis esportivos que eu precisava pra aula de ginástica, e minha tia me fez a super gentileza mesmo, de me levar em uma loja pra comprar jeans antes que as aulas começassem e eu só tivesse dois pares.  Mas compras são chatas então passamos pra outra (pera um pouco antes: COMPREI UMA CAMISA DE HOGWARTS! Tá pode continuar agora)

Minha tia é bem legal! Almoçamos hoje no shopping onde minha prima mais velha, Catherine, tá trabalhando. Comi comida chinesa, que é claro, é completamente diferente da comida chinesa brasileira. Mas é gostosa. Com Catherine indo trabalhar, passei a tarde com Danielle, minha outra prima, de 15 anos. Ela foi bem legal e fomos assistir a um filme. O ingresso custou 1,75 U$. Compramos um monte de doces que ela me indicou como os ‘’tipicamente americanos de se comer no cinema’’ e foi uma experiência legal. Gostei particularmente do algodão doce de saquinho deles.

O filme que assistimos foi um filme supostamente infantil. Chama-se The Croods (Os Croods). Conta à história de uma família de pessoas-das-cavernas. O filme me fez rir um monte, tipo, chorar de rir mesmo. Mas ele também me fez quase chorar de tristeza.

O pai da família Crood, Grug, se sente responsável pela segurança da família. Tipo, muito responsável. Eles vivem em cavernas e nunca saem delas, porque assim é ‘mais’ seguro. Grug todo tempo sacrifica viver em favor de sobreviver. E eu não gostei disso nem um pouco. Aqueles que abrem mão da liberdade por um pouco de segurança não merece nem um nem outro, e tudo mais. (A frase é de Bem Franklin tá?) Esse é o tema óbvio do filme. Mas eu também vi outro.

Voltando a Gruhu então. Ele sacrifica a liberdade da família por segurança e isso os mantem vivos por mais tempo que todas as outras famílias-das-cavernas. Tá bom, ele não tinha o direito de fazer essa escolha por todos, mas se tem que admitir que pelo menos o cara manteve a família viva. Mas ai vem um problema. A família é jogada fora da sua zona de conforto no filme, e Grug ainda se sentindo responsável pela segurança de todos, comete erro após erro após erro. Eu queria botar ele no colo. Afinal, quem foi que disse que era essa sua obrigação? Que sociedade triste é essa que obriga uma pessoa somente, a ser responsável pela segurança de todas as outras mesmo que elas nem a queiram?  Na família de 6, 4 podem se cuidar sozinhos, muito obrigada.

Colocando essa discussão de lado, entretanto, os erros que Grug comete durante o filme me fizeram sofrer. No final, o cara só tava tentando fazer o seu melhor. Ele só não consegue se adaptar a situação e, é bem verdade que dei muitas risadas da cara dele, mas ele só quer manter todos a salvo. E no fim, é ele que quase me fez chorar, e garanto esse filme não é pra crianças, gente emocional, ou sei lá, eu. Porque as cenas finais com o Grug são tristes. E pai, eu amo você. Pra caramba.

Agora aos anúncios finais:

Feliz aniversário Lucas! Hoje é o aniversário de meu irmãozinho. Queria estar ai pra te abraçar, mas não posso. Mas eu amo você.

Hoje também foi o dia da Esther em uma comunidade que eu participo chamada Nerdfighteria. É o dia pra dizer a família e amigos ‘eu te amo’. Então aqui está pra toda minha família e amigos que estão lendo, amo vocês.

E o novo Doctor será anunciado amanhã. Se alguém me procurar e não me achar, eu provavelmente vou estar em posição fetal no chão por causa de emotions, ou morta porque o choque e as emoções foram muito grandes.

Luiza Cristovam


Há uma altura dessas vocês já sabem que sou insana né?

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