Aurora, 31 de julho de 2013
Depois de mais de 8 meses de espera, finalmente, ESTADOS
UNIDOS! No dia 27 de julho entrei em um avião em Salvador, me despedi de minha
família e amigos e da vida como eu a conhecia pra fazer a maior insanidade que
já fiz: mudar-me para os Estados Unidos. E, tá bom, é só por 5 meses mais, que
seja, muita gente quer, mas não tem coragem de fazer isso okay? Então eu me
sinto orgulhosa de mim mesma no
momento, mesmo que na maior parte do tempo eu esteja pensando ‘o que raios eu estou fazendo com minha vida?’.
momento, mesmo que na maior parte do tempo eu esteja pensando ‘o que raios eu estou fazendo com minha vida?’.

Mas, depressão de lado, voltamos ao avião. Dormi de Salvador
pra São Paulo, e lá meus tios e primos ficaram comigo até eu poder embarcar para
Dallas. O check-in da America Airlines foi estranho, só podia ser feito no
self-check in e depois só se despachava a mala. Mas foi de boa... O voo foi
longo e o entretenimento não é tão legal quanto os voos internacionais da TAM,
porém um senhor sentou do meu lado e conversou comigo por boa aprte da viagem.
Não se preocupe papai não sai dando informações pessoais ou qualquer coisa que
pudesse me colocar em risco. O senhor era colombiano, mas erradicado nos
Estados Unidos. Ele mora em Dallas. Ele fala inglês, espanhol e português, mas conversamos
mais em inglês do que tudo. Ele me deu uma ajuda quando chegamos aos Estados
Unidos porque eu estava dormindo e não peguei o formulário da alfândega pra
assinar.
Okay, agora imigração. Tinha um grupo de brasileiros em
algum tipo de turismo e a fila estava enorme. Enorme tipo, eu vou perder minha
conexão se um milagre não acontecer. Ainda
bem passou uma mulher chamando as pessoas que tinham conexão antes das 9, e ela
me mandou pra outra fila, a de US Citizens, que eles estavam fazendo imigração
por lá também. Chegando na cabine o cara só me pediu meu passaporte, perguntou
o motivo da visita, me mandou colocar os dedos na maquininha e tirar a foto e
tada! Ele não pediu mais nada, não perguntou quanto dinheiro eu tinha... Fiquei
até confusa. Depois disso sai no enorme gigantesco aeroporto de Dallas pra
tentar descobrir como chegar no meu portão no terminal C. Eu pedi ajuda a um
monte de gente, mas eu parecia tão perdida que alguém que trabalha no aeroporto
parou pra vir me perguntar se eu precisava de alguma coisa e me guiou bem
direitinho pra eu pegar o trem que levava a meu terminal. Depois disso foi de
boa, achei o terminal, acessei a internet free de aeroporto que é na verdade
muito boa, liguei pra meus pais no Brasil (eles não atenderam de primeira!) e
ai liguei pra minha mãe nos EUA. Resolvi comprar um smoothie porque não tinha
tomado café e é claro que o pequeno na verdade é de um tamanho monstruoso, né?
Whatever.
Dai eu entrei no avião pra Denver e minha mãe estava me
esperando no aeroporto com um cartaz J.
Ela me ajudou a encontrar minha mala e de lá fomos pra igreja dela, porque era
aniversário da igreja e ela fazia parte do comitê então tinha que dar uma
passada rápida por lá. Na verdade foi bem interessante, eu até experimentei
ponche! E não foi na igreja, foi tipo em um ginásio, onde ia ser a
comemoração. Logo ela me trouxe pra casa
que por acaso, é gigante. Só tem um andar mais o porão, mas é gigante.
Principalmente pensando que minha mãe mora sozinha.
A casa é muito agradável, eu tenho meu próprio quarto e um
banheiro só pra mim. A cozinha também é grande e bem organizada. E tem um bom
espaço aberto atrás. A vizinhança também é fofa e segura. Eu não vi muita gente
ainda, mas não aprece ruim. O único contra é que é um subúrbio americano, ou
seja, casas, casa, e mais casas, e uma dificuldade tremenda pra achar
transporte público pra fora daqui. Ah, e minha mãe tem um cachorrinho chamado
Smokie que é adorável, bem comportado e adora carinho. Já sai pra passear com
ele algumas vezes.
No domingo minha mãe também me levou pro Wal-Mart, pra
comprar comida pra mim sabendo do que eu gosto, porque ela disse que não sabia
o que comprar antes. Eu comprei algumas coisas pra fazer saladas (espinafre,
alface, mangas) mesmo que elas não sejam exatamente iguais as que eu estou
acostumada. Comprei também café em pó colombiano
med-dark que é relativamente similar ao brasileiro, e pelo menos não é aguado igual
o café daqui, mais leite Ninho, que aqui é chamado Nido, um negócio chamado
lunchable porque parecia fofo e prático, mac and cheese instantâneo, purê de batata em pó, ravióli pronto
enlatado e pizza. É que minha mãe trabalha então eu tenho que me virar fazer
meu almoço. Depois disso voltamos pra casa e eu dormi. Ai acordei e ai voltei a
dormi e assim se seguiu pelo resto da noite. O que vocês esperavam? Nova cama,
novo quarto, novo tudo, tenham dó, né?
Na segunda de manhã tomei café, o que me fez sentir uma
terrível saudade de casa, arrumei minhas coisas no closet e nas gavetas, e
fomos me registrar na escola. A experiência da escola e o resto da minha
segunda feira vão em outro post porque esse já tá gigantesco.
Hoje é meu quarto dia aqui e as coisas vão bem. A minha
família, se vocês estão lendo isso, eu amo vocês e sinto saudades, mas obrigada
por me deixarem vir! Aos meus amigos: amo vocês um monte, e, por favor, não
pensei que abandonei vocês. Entrar em contato comigo é relativamente fácil.
A qualquer futuro intercambista que estiver lendo isso:
UHUL! Tudo de bom na sua viagem! Eu desejo o mundo a vocês, seus loucos! Vale a
pena.
Luiza Cristovam